terça-feira, 16 de julho de 2013

Protocolada PEC que cria Corpo de Bombeiros Militar do RS

Na tarde de hoje, após uma semana de negociações e ajustes entre o Gabinete do Deputado Pedro Pereira (PSDB), a Associação de Oficiais da Brigada Militar (AsOfBM) e a Associação de Bombeiros do RS (ABERGS), com a interveniência de diversos Oficiais integrantes do Comando do Corpo de Bombeiros e do Policiamento Ostensivo favoráveis ao tema, foi protocolado o substitutivo da PEC 225/2013 a qual DESVINCULA O CORPO DE BOMBEIROS DA BRIGADA MILITAR E CRIA O CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL.

O texto, originalmente protocolado no dia 11/07/2013, passou por modificações elaboradas pelos próprios integrantes do Corpo de Bombeiros da BM no sentido de QUALIFICAR O CORPO DE BOMBEIROS E ASSEGURAR SUA PLENA AUTONOMIA DE GESTÃO (consoante com os pedidos que vêm sendo feitos há dois anos pela ASOFBM e pela ABERGS), permitindo, dessa forma, a estruturação de um serviço de qualidade à altura das pretensões da comunidade gaúcha!

O texto da PEC poderá ser visualizado no site da Assembléia Legislativa do RS como uma emenda ao texto original, uma vez que se trata de um substitutivo.

A discussão agora toma forma e se materializa com a manifestação do Poder Legislativo através da opinião dos Deputados Estaduais sobre o caminho a ser trilhado por nosso Estado em matéria de prevenção e proteção contra sinistros.

Dessa forma, inequivocamente, se solidifica a posição majoritária já apresentada pelos Oficiais e Praças do Corpo de Bombeiros, pelo Conselho Superior de Coronéis da Brigada Militar, pela ampla maioria da imprensa gaúcha, pelas Entidades representativas de classe de Oficiais e Praças, pela população gaúcha (em qualquer enquete que se faça sobre o tema) e pela "casa do povo", a Assembléia Legislativa do Estado do RS!

Após o recesso parlamentar o assunto entra em pauta para que se estabeleça a plena discussão e a apresentação das emendas eventualmente ainda necessárias!

Este é um dia histórico para TODOS OS GAÚCHOS!

Cumprimentos aos bravos militares que, acima de tudo, acreditam que SIM, é possível fazer mais e melhor quando se trata da proteção à vida de nossa gente!

Especiais cumprimentos ao enorme grupo de Oficiais e Praças da Brigada Militar que, mesmo silenciosos, ajudaram a construir este processo, com suas opiniões, participação em reuniões (por vezes não tão ostensivas), por seus telefonemas, postagens em internet, discussões pessoais e, acima de tudo, aqueles destemidos homens e mulheres que têm a coragem de entrar de "peito aberto" nessa histórica discussão, de ouvirem e de se fazer ouvirem!

Os senhores e senhoras estão ajudando a escrever mais algumas belas páginas da história do Rio Grande!

"FAÇA E FAÇA SABER".

Abaixo segue o texto protocolado hoje como substitutivo.

Grande abraço a todos!











quinta-feira, 11 de julho de 2013

Necessidades operacionais do Corpo de Bombeiros de Porto Alegre

Matéria do Portal G1 ( as fotos foram retiradas do site  Estadão Conteúdo em substituição aos vídeos da matéria original) 










Porto Alegre tem metade do número ideal de  




veículos de combate ao fogo

Incêndio no Mercado Público expôs falta de infraestrutura dos bombeiros.

Hoje, corporação conta com apenas oito caminhões em funcionamento.

O incêndio que atingiu o Mercado Público de Porto Alegre na noite do último sábado (6) revelou falhas na infraestrutura do Corpo de Bombeiros. Segundo a própria corporação, a capital gaúcha tem menos da metade do número de caminhões considerados necessários para combate a incêndios, por exemplo, entre outros problemas. 
Atualmente, Porto Alegre conta com oito veículos de combate ao fogo em atividade. Para atender a ocorrência no Mercado Público, foi necessário o apoio de outros carros, vindos de municípios da Região Metropolitana como Canoas, São Leopoldo e Novo Hamburgo. O que aumenta o tempo de resposta em função da demora para o deslocamento. 
Segundo o subcomandante do Corpo de Bombeiros na Capital, major Rodrigo Dutra, o ideal seriam 20 unidades, pelo menos duas para cada uma das 10 estações da cidade. E mais modernos: pelo menos um veículo de 1997, por exemplo, está parado na manutenção.
“Nós apresentamos a necessidade da implantação dos quatro quartéis que não estão instalados ainda em Porto Alegre, a necessidade de aquisição de mais 10 viaturas de combate a incêndio, proporcionando que cada um dos quartéis disponha de dois veículos de combate a incêndio, um carro principal e um carro reserva, que hoje não existem”, explica o major Dutra.

Na tarde desta segunda-feira (8), o Comando do Bombeiros de Porto Alegre apresentou um relatório para a Secretaria de Segurança Pública (SSP) pedindo mais investimentos em infraestrutura para a corporação. O governo do estado diz que está estudando os pedidos.
Apesar da atuação dos bombeiros no combate ao incêndio ter recebido elogios das autoridades por ter evitado a destruição de um prédio que faz parte do patrimônio histórico da cidade, Dutra diz que os estragos poderiam ter sido menores caso a corporação contasse com mais equipamentos, como uma segunda unidade de escada mecânica conhecida como Magirus. Das duas disponíveis em Porto Alegre, uma está estragada. 
“Se nos tivéssemos duas ferramentas, duas escadas mecânicas na cena, posicionadas taticamente, de forma adequada, talvez fossemos mais bem- sucedidos em não deixar queimar 10% do mercado. Talvez queimasse 5% ou um pouco menos”, avalia Dutra.

O tenente-coronel da reserva do Corpo de Bombeiros Nelson Matter trabalhou durante 30 anos na corporação. Ele garante que, proporcionalmente, a estrutura atual é inferior a da década de 1980 e que também falta treinamento adequado para os militares.

“Faltam viaturas, faltam equipamentos, faltam profissionais, faltam treinamentos mais aprofundados, cursos fora do estado, fora do país. Um bombeiro precisa, sendo a última instância para salvar vidas, precisa estar devidamente equipado. E a nossa realidade infelizmente não é essa, nós não estamos equipados”, opina.
Para o engenheiro Telmo Brentano, especialista em combate a incêndios em edificações, a prevenção precisa ser tratada com mais seriedade no país. Ele diz que só o plano de combate a incêndio não basta.
“Muitas vezes, o plano é uma intenção muito boa. Mas na prática ele pode não funcionar adequadamente. O importante sempre é a continuidade do processo que se desenvolve a partir de uma brigada de incêndio que deve ser treinada regularmente”, recomenda.
O engenheiro espera que a nova legislação estadual de combate a incêndios torne obrigatório o uso de chuveiros automáticos, conhecido como sprinklers. O relatório sobre a proposta da nova legislação foi aprovado recentemente na Assembleia Legislativa, com o objetivo de prevenir tragédias como a ocorrida na boate Kiss, em Santa Maria, atingida por um incêndio em 27 de janeiro que resultou em 242 mortes.
Fogo atingiu parte superior do Mercado Público (Foto: Divulgação/PMPA)Fogo atingiu parte superior do Mercado Público e destruiu cerca de 10% do prédio (Foto: Divulgação/PMPA)

“Nesse caso do Mercado Público, como o fogo foi muito intenso, ou seja, as chamas foram muito violentas inicialmente. os chuveiros todos iriam funcionar adequadamente. Não é que o chuveiro vá apagar o fogo, mas ele vai diminuir a intensidade do fogo e vai evitar a propagação do fogo para o resto da edificação e para prédios vizinhos”, explica Brentano.
O fogo no Mercado Público começou por volta das 20h30 e foi controlado por volta das 22h30. Depois, os bombeiros ainda trabalharam no rescaldo. Não houve feridos. Quem estava no prédio conseguiu sair. A prefeitura afirma que todos os equipamentos de proteção contra incêndio do prédio estavam em dia, sendo 57 extintores que foram revisados há 15 dias e 10 mangueiras substituídas por novas. O comandante do Corpo de Bombeiros de Porto Alegre, Adriano Krukoski, afirmou que o Mercado Público nunca teve Plano de Prevenção Contra Incêndio (PPCI).

PEC que desvincula o Corpo de Bombeiros da Brigada Militar


11/07/2013


Representantes do Corpo de Bombeiros propõem alterações na PEC que separa a corporação da Brigada Militar

Crédito da foto: Taís Pereira
O deputado Pedro Pereira, autor da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 225/2013 que desvincula o Corpo de Bombeiros da Brigada Militar, recebeu nesta quarta-feira (10) o Major Rodrigo Dutra, Coordenador do Núcleo de Oficiais Bombeiros da Associação de Oficiais da Brigada Militar, o Coronel Evaldo Rodrigues de Oliveira Junior, Chefe do Estado Maior do Corpo de Bombeiros e Ubirajara Ramos, Coordenador Geral da Associação de Bombeiros do Rio Grande do Sul (ABERGS). Os representantes do Corpo de Bombeiros se colocaram à disposição para promover ajustes no texto da PEC, tendo em vista que buscam a sua desvinculação da Brigada Militar. Entretanto, eles defenderam a permanência do caráter militar da corporação.

Desde a tragédia da boate Kiss em Santa Maria e, mais recentemente, o infortúnio ocorrido no Mercado Público de Porto Alegre, os debates sobre os recursos utilizados pelos bombeiros no combate a incêndios estão cada vez mais em pauta. De acordo com os representantes dos bombeiros, a desvinculação oferece autonomia administrativa e financeira necessária para o aperfeiçoamento da carreira dos integrantes da corporação, além de um volume maior de recursos para investimentos em equipamentos e infraestrutura.

Pereira se sensibilizou com os pedidos dos bombeiros para elaboração da PEC. O parlamentar conseguiu 32 assinaturas das 19 assinaturas necessárias à tramitação da matéria no Parlamento. A proposta será analisada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) antes de ir a votação em plenário. Para ser aprovada pela Assembleia Legislativa e virar lei, a PEC precisa passar por dois turnos e receber 33 votos em plenário.

O deputado explicou que a emenda busca reorganizar suas atividades na condição do órgão. "A sociedade tem direito a bombeiros com profissionalismo, autonomia de gestão, equipamentos adequados e carreira própria. O bombeiro precisa encontrar sua identidade, aproximar-se da sociedade,buscando uma consciência e participação solidária na comunidade", concluiu.

Renata Leite